Apresentação
Gerar, disseminar e debater informações sobre DIET & LIGHT, sob enfoque de Saúde Pública, é o objetivo principal deste Blog produzido no Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde - LabConsS da FF/UFRJ, com participação de alunos da disciplina “Química Bromatológica” e com apoio e monitoramento técnico dos bolsistas e egressos do Grupo PET-Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC.
Recomenda-se que as postagens sejam lidas junto com os comentários a elas anexados, pois algumas são produzidas por estudantes em circunstâncias de treinamento e capacitação para atuação em Assuntos Regulatórios, enquanto outras envolvem poderosas influências de marketing, com alegações raramente comprovadas pela Ciencia. Esses equívocos, imprecisões e desvios ficam evidenciados nos comentários em anexo.
3 comentários:
PAcientes hipertensos devem seguir uma reeducação alimentar, caso contrário os medicamentos não darão conta de controlar a pressão arterial a longo prazo. Estudos realizados pela UFSC, dois em cada três ítens dos alimentos industrializados tinham mais que 600 miligramas de sódio por 100 gramas ou 100 mililitros do produto, índice considerado alto, segundo a Food Standards Agency, do Reino Unido. Muitos acabam consumindo produtos Light ou Diet sem perceber que pelo simples fato de serem industrializados tem uma alta probabilidade de conter sódio. Este é um agravo para a população brasileira, já que 24,3% da população adulta brasileira sofrem de hipertensão.
Segundo a portaria nº 29 de 13 de janeiro de 1988, os alimentos para dietas com restrição de sódio fazem parte dos ditos alimentos para fins especiais, mas a identificação dos mesmos nas prateleiras não é muito fácil, pois o termo “diet” é aplicado nas embalagens de forma genérica para todos os alimentos listados, como exemplo, aqueles voltados para dietas de ingestão controlada de açúcares (que por sua vez são confundidos com alimentos emagrecedores). Segundo a resolução nº 40 de 21 de março de 2001, as embalagens devem constar a quantidade de sódio em miligramas e sua porcentagem com relação ao indicado para uma dieta de 2500 calorias, mas essa porcentagem não está adequada para um consumidor que tem restrição de sódio, de forma que o controle das quantidades diárias ingeridas se torna mais difícil.
Como podemos observar, essa postagem remete fortemente a alimentos para fins especiais, ou melhor especificamente, para hipertensos. No caso da postagem em questão, sobre a rotulagem, podemos fazer referência à portaria nº 29 de 13 de janeiro de 1988, que comenta sobre os alimentos para fins especiais e tenta fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer os alimentos para fins especiais.
De modo geral, a dieta para quem tem hipertensão prioriza o consumo de ‘’alimentos naturais’’, como alguns minerais (como cálcio, potássio etc), frutas e vegetais. Claro, não podemos deixar de mencionar algumas oleaginosas, laticínios e leguminosas, porque são ricos em fibras, minerais, como o cálcio e potássio, e antioxidantes, nutrientes que melhoram a circulação do sangue, ajudando a baixar a pressão arterial. Alguns alimentos devem ser evitados, e esses remetem aos alimentos embutidos como linguiças, salsichas, presuntos etc, além dos enlatados e em conserva. Os molhos prontos e temperos prontos também devem ser evitados, assim como alimentos ricos em gordura e carnes com alto teor de gordura.
No âmbito da aplicação desta portaria, há a exclusão de alguns alimentos, como os alimentos adicionados de nutrientes essenciais, bebidas dietéticas e ou de baixas calorias e ou alcoólicas, suplementos vitamínicos e ou de minerais, produtos que contenham substâncias medicamentosas ou indicações terapêuticas e aminoácidos de forma isolada e combinada.
Os alimentos para fins especiais devem atender às normas de rotulagem geral, nutricional e específica do alimento convencional. Quando a empresa decidir implementar qualquer outra questão em seu rótulo, esta deve estar de acordo com a legislação vigente e respeitar todas as normas que as pautam. Na rotulagem, deve-se conter a designação do alimento, de acordo com a legislação específica, seguida da finalidade a que se destina, em letras da mesma cor e tamanho. Além disso, o termo "diet" pode, opcionalmente, ser utilizado para alguns alimentos, incluindo os alimentos para dietas com restrição de sódio, que é o caso do post em questão.
Na postagem analisada, podemos ver na reportagem que já era muito comentado sobre a questão do sódio na rotulagem estar em letras bem pequenas, prejudicando bastante essa questão. O sódio é um conservante usado em quase todos os alimentos que encontramos nas prateleiras, pois evitaria a proliferação das bactérias. Assim, analisando mais profundamente essa questão e colocando em pauta que o sódio em grandes quantidades prejudica bastante o coração, seria necessário fazer uma mudança para que fique mais visível a quantidade de sódio que o produto tem.
Engana-se quem pensa que apenas nos salgados encontramos altos valores de sódio. Em produtos doces também encontramos, o que reforça ainda mais essa questão. O acúmulo de sal sem nem mesmo perceber pelo consumidor é um problema muito importante, porque já que o sódio já se encontra na comida, quando colocamos mais sódio para ‘’temperar’’ ela, a concentração aumenta ainda mais, causando ainda mais dano para o coração. Por questões químicas e bromatológicas, os hipertensos precisam se atentar ainda mais sobre o que está sendo ingerido, tentando sempre ler o rótulo, buscando o melhor alimento para a sua dieta.
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