Por que Queijos Light são tão caros?
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Primeiro vamos definir o que são edulcorantes. De acordo com a ANVISA, edulcorantes são substâncias, diferentes dos açúcares, que conferem sabor doce aos alimentos.
Vamos, então, imaginar a seguinte situação: Um diabético, ou uma pessoa fazendo dieta, decide comprar um suco de maracujá light. Ela se depara com três marcas diferentes no mercado. Qual escolher? Existe algum tipo de edulcorante cujo consumo seja mais seguro que outro?
As três marcas são:
Rótulo do Produto - Ingredientes: Água, polpa de maracujá (50%), acidulante INS 330, antioxidante INS 300 (Vitamina C), conservantes: INS 211 e INS 223, edulcorantes: INS 952 (30mg/100mL), INS 951 (7mg/100mL), INS 954 (3mg/100mL), INS 950 (4mg/100mL), estabilizante INS 466, corante natural INS 160 aii e aromatizante aroma natural de maracujá. Contém Fenilalanina. Não contém glúten.
Fonte – Embalagem do produto.
Rótulo do Produto – Ingredientes: Água, suco e polpa de maracujá (mínimo de 12%), acidulante: ácido cítrico, edulcorantes artificiais: aspartame (20mg/100mL), acesulfame de potássio (13mg/100mL), antioxidante: vitamina C e aroma natural de maracujá. Não contém glúten.
Fonte – Embalagem do Produto.
Rótulo do Produto – Ingredientes: Água potável, suco de maracujá, aromatizante idêntico ao natural de maracujá, estabilizante: goma guar e citrato de sódio, edulcorantes: sucralose (16mg/100mL) e acesulfame de potássio (5,5mg/100mL), corante idêntico ao natural de beta caroteno, acidulante: ácido cítrico. Não contém glúten.
Fonte – Embalagem do Produto.
Olhando para o rótulo, mais precisamente para os edulcorantes presentes, não é possível saber se os mesmos fazem mal ou se estão na quantidade adequada.
Entretanto, se for feita uma comparação com a RDC nº 3, de 02 de Janeiro de 2001, chega-se a conclusão que todos os sucos estão dentro do limite máximo de edulcorantes (Ver tabela 1 e tabela 2).
Relacionando o rótulo com os valores de IDA (Índice Diário Aceitável) estabelecidos no JECFA, (Ver tabela 3) e supondo que o indivíduo em questão pese 70 kg e ingira 2 copos de suco (200mL cada) por dia, observa-se que a porcentagem da quantidade máxima permitida de ciclamato no suco Jandaia é elevada, o que poderia ser um risco para o consumidor. (Ver tabela 4, tabela 5 e tabela 6).
Fazendo um estudo em cima da estabilidade de acordo com a temperatura de cada edulcorante, observa-se que o aspartame e o acesulfame poderiam ser agentes de risco, uma vez que o primeiro é sensível ao calor, podendo haver perda de sua doçura, e o segundo sofre degradação quando submetido a temperaturas superiores a 225ºC ou quando armazenado por um período prolongado a 40ºC.
Além disso, o aspartame é perigoso para pessoas que tenham uma doença conhecida como fenilcetonúria, já que é metabolizado no trato gastro intestinal a fenilalanina.
A sacarina poderia ser o edulcorante ideal, pois possui alto poder adoçante, é altamente estável, altamente solúvel em água e não possui poder cariogênico (pelo menos não descoberto até agora). Porém, apresenta sabor amargo, o que faz necessário a associação com outros edulcorantes. A associação mais comum é com o ciclamato. Entretanto, essa combinação foi interpretada pelo FDA (Food and Drugs Administration) como indutor de câncer de bexiga em ratos1.
A sucralose é um edulcorante altamente estável em diferentes temperaturas, possui valor calórico nulo, não é metabolizada pelo organismo, não apresenta efeitos cariogênicos (pelo menos não demonstrados até agora) e possui elevado poder adoçante, sendo o que apresenta o sabor mais próximo do açúcar por ser derivado da cana de açúcar.
Na realidade, todos os edulcorantes citados anteriormente têm suas desvantagens, mas nenhuma que seja um risco tão grave que impeça sua utilização nos alimentos. Exceto claro, para o uso de aspartame por fenilcetonúricos, porque é totalmente contra-indicado.
Referências bibliográficas
www.fao.org/ag/agn/jecfa-additives
1 Sodium cyclamate and fetal kidney. José Germano Ferraz de ArrudaI; Alex Tadeu MartinsII; Reinaldo AzoubelII
Tabela 4 - Suco Jandaia
Tabela 5 - Suco Del Valle
Tabela 6 - Suco Maguary
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Postado por Maria Carolina Guimarães e Samantha S. Moreira
Bem, é uma pergunta que pode ser respondida de diversos ângulos. Vai depender a que público, necessidade especial ou ocasião cada alimentos específico se destina.
Para tentar responder a essas perguntas, vamos nos focar nas informações da rotulagem em único tipo de alimento e que atinge vários tipos de consumidades: o chocolate.
De acordo com a ANVISA, tais alimentos são denominados “Alimentos Para Fins Especiais”.
“ ALIMENTOS PARA FINS ESPECIAIS são os alimentos especialmente formulados ou processados, nos quais se introduzem modificações no conteúdo de nutrientes, adequados à utilização em dietas, diferenciadas e ou opcionais, atendendo às necessidade de pessoas em condições metabólicas e fisiológicas específicas. ”
PORTARIA Nº 29, DE 13 DE JANEIRO DE 1998
Sendo mais específico, os alimentos Diet são aqueles afim de atender necessidades especiais, com restrição completa de um dos seus nutrientes: carboidrato, gordura, proteínas ou sódio.
No caso dos chocolates em questão, o público alvo são os diabéticos, pois eles especificam para que fim ele são destinados, assim como a legislação manda:
8.1.1 designação do alimento, de acordo com a legislação específica, seguida da finalidade a que se destina em letras da mesma cor e tamanho
Eles deixam claro que são para ingestão controlada de açucares.
Porém o açucar não foi completamente abolido, pois ainda há quantidade significativa dele. Isso se deve ao açucares naturais da matéria prima (no caso o cacau).
Em caso como estes a ANVISA deixa bem claro que:
8.2.4:"Diabéticos: contém (especificar o mono- e ou dissacarídio)", quando os Alimentos para Fins especiais, contiverem mono- e ou dissacarídios (glicose, frutose, e ou sacarose, conforme o caso).
Os rótulos informaram que esse açucar presente é, de fato dos açucares naturais do cacau, mas não especificaram quais eram este açucares.
No alimento sólido o valor total da redução deve ser, no mínimo, de 40 calorias para cada 100g de alimento. Em líquidos esse valor deve ser, no mínimo, de 20 calorias para cada 100ml.
Basicamente, é por esses tipos de características, que e os alimentos Diet & Light são associados a saúde e qualidade de vida na cabeça do consumidor, já que desde pequenos todos ouvem que gordura, açucar ou sal em excesso “fazem mal a saúde”. Então se esses “ingredientes” são retirados ou diminuídos, o alimento “faz bem a saúde”.
E a propaganda desses produtos não deixa por menos, colocando em seus rótulos corpos esbeltos à mostra e muitos sorrisos bonitos.
Porém o consumidor, em sua grande maioria, não se pergunta o que foi colocado ali naquele produto para ele ser tão similar ao tradicional, mesmo após a retirada de seus componentes essênciais.
Não pensam que em detrimentos desses componentes originais, foram colocados outros que podem ser até mais nocivos ainda.
No caso dos chocolates há uma problemática maior ainda, pois como o alimento Diet está associado ao emagrecimento, o consumidor pensa que comer o chocolate Diet ao invés do tradicional, está ingerindo menos calorias, e consequentemente, irá emagracer.
Mas o que ele não pára pra pensar, nem para olhar (nos rótulos), é que os chocolates Diet (Tanto o Alpino, quanto o Talento) seguem um padrão de Teor de gordura muito maior que os seus tradicionais, o que obviamente irá também acarretar num alto valor calórico, muitas vezes bem parecido ou até mesmo igual ao chocolate tradional
Isso acontece porque na fabricação os chocolates precisam ter algo que supra o açucar que foi retirado ou que não vai ser adicionado, então é adicionado nestes chocolates uma quantidade maior de gordura, que oferece mais que o dobro de energia que o açucar(carboidrato).
E é justamente por isso que o rótulo deve informar ao consumidor a que tipo de pessoas ele está se destinando, no caso ao diabéticos. Logo, ele não é apropriado para quem está fazendo dieta com redução controlada de calorias (emagrecimento).
Fora o fator adoçante, que muito vezes é utilizado nos produtos Diet ou até mesmo Light. Uns até de efeitos duvidosos, como a Sacarina, que já foi comporvada como causa de cancer em ratos de laboratório, e foi comercialmente proibida nos EUA, mas que no Brasil ainda não foi barrada.
Por tanto a pergunta que o consumidor (com exceção dos diabéticos, que realmente não possuem muita escolha) deve fazer é:
-Vale mesmo apena lançar mão deste tipo de alimento, visto os males que veem com ele embutidos no “pacote” ?
-Vale a pena se “entopir” de gorduras que vão bloquear suas artérias e ingerir adoçantes que podem lhe causar problemas intestinais ou até mesmo cancer?
-Tudo isso por algumas calorias a menos?
Pelo que já foi dito, a resposta é bem clara.
É hora do consumidor começar a colocar na sua balança os prós e contras dos Diet & Light.
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Postado por Guilherme Rangel e Marcele Martins